ROTINA*
Ganancia era a unica
coisa que não
poderia acontecer na
minha vida
escrachada de poeta.
Das vicissitudes que
sobraram
me restou uma poucas e
boas
imagens das mulheres que
convivi.
Sem duvida, não posso
negar, eu
tinha minha preferida.
A imagem dela com os seus
olhos penetrantes,
que nunca mentiam e que
de ressaca
não tinha nada.
Era lucida, abrupta,
confusão.
Em mim, as coisas
borbulhavam,
espuma de cachoeira.
O cafune era espetacular.
Nos seus braços era onde
eu
pedia para estar.
Nele o tempo passava
devagar,
eu era feliz, sem
problemas,
devia se chamar de
Pasárgada.
O abraço dela era
confusão.
Em mim, seresta.
Eu morria quando ela ia
embora.
Mas quando ela chegava,
achava o quarto que eu
estava
me lançava um sorriso
e me abraçava.
Era feito Fênix
e la estava eu de novo
nas chamas, vivo.
Era o Amor.
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