segunda-feira, 10 de abril de 2017

ROTINA*

Ganancia era a unica coisa que não
poderia acontecer na minha vida
escrachada de poeta.
Das vicissitudes que sobraram
me restou uma poucas e boas
imagens das mulheres que convivi.
Sem duvida, não posso negar, eu
tinha minha preferida.
A imagem dela com os seus olhos penetrantes,
que nunca mentiam e que de ressaca
não tinha nada.
Era lucida, abrupta, confusão.
Em mim, as coisas borbulhavam,
espuma de cachoeira.
O cafune era espetacular.
Nos seus braços era onde eu
pedia para estar.
Nele o tempo passava devagar,
eu era feliz, sem problemas,
devia se chamar de Pasárgada.
O abraço dela era confusão.
Em mim, seresta.
Eu morria quando ela ia embora.
Mas quando ela chegava,
achava o quarto que eu estava
me lançava um sorriso
e me abraçava.
Era feito Fênix
e la estava eu de novo
nas chamas, vivo.

Era o Amor.

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