TRIANGULO*
Diamante lapidado
em terra de cumeeira,
força estranha
que pega rabeira
nessa dança
de contradança
da menina que
balança a me
conquistar.
Foi nesse dia que
chamei Vovó Maria
pra poder me da caricia
feito essas canções de
ninar.
A menina veio balançando
sem querer chamar
desgosto e meu coração
palpitando feito moço
a me deleitar.
De seus quadris
tirei força estranha
pra poder dançar ciranda
nas ondas desse mar.
Nesse domingo,
fui atras desses
cabelos lindos
que encontrei antes de
ontem,
na sexta-feira, no forró,
do João Cipo
que veio de Cabrobó.
Meu amigo de infância
que não via ha tempos
num súbito de ânsia
me veio falar
seu tormento.
Conheceu moça faceira,
outro dia,
debaixo da mangueira,
da fazenda do
Zé Leitera.
Fiquei encucado
e fui descobrir que moça
era essa.
Ele foi falando da sua
pele,
seu cabelo e os seus
olhos
fechados como fresta.
"...olhos de
cigana..."
Falei para Cipó
que já sabia quem era
havia dançado com ela
na festa.
Cipó não acreditou
veio tirar satisfação.
Fui bem claro com ele,
mulher de amigo meu:
"Não como desse
pão."
Fui embora pra resolver
logo essa existência
e não deixar meu amigo
sofrer.
Encontrei a menina
debaixo do cajueiro,
fui rápido, trigueiro,
cheguei pertinho e
dei um beijo.
Useis suas ancas e gozei
no seu queixo.
Quando acabei fui bem
claro,
me encontrar dali em
diante
seria raro.
Ia sumir,
porque quem seria
dela
era Cipó.
Calei sua boca
e disse sem dor:
- Ele é quem te ama.
Só vim logo
porque o desejo
me chama.
Hoje ela é casada
com Cipó,
bem sucedida e
uma dama.
Cipó me recebeu
em sua casa,
me fez almoço,
mita pampa.
À noite
comi sua mulher
de novo
e gozei no seu olhos
aqueles de cigana.
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