segunda-feira, 10 de abril de 2017

TRIANGULO*

Diamante lapidado
em terra de cumeeira,
força estranha
que pega rabeira
nessa dança
de contradança
da menina que
balança a me
conquistar.
Foi nesse dia que
chamei Vovó Maria
pra poder me da caricia
feito essas canções de ninar.
A menina veio balançando
sem querer chamar
desgosto e meu coração
palpitando feito moço
a me deleitar.
De seus quadris
tirei força estranha
pra poder dançar ciranda
nas ondas desse mar.
Nesse domingo,
fui atras desses
cabelos lindos
que encontrei antes de ontem,
na sexta-feira, no forró,
do João Cipo
que veio de Cabrobó.
Meu amigo de infância
que não via ha tempos
num súbito de ânsia
me veio falar
seu tormento.
Conheceu moça faceira,
outro dia,
 debaixo da mangueira,
da fazenda do
Zé Leitera.
Fiquei encucado
e fui descobrir que moça
era essa.
Ele foi falando da sua pele,
seu cabelo e os seus olhos
fechados como fresta.
"...olhos de cigana..."
Falei para Cipó
que já sabia quem era
havia dançado com ela
na festa.
Cipó não acreditou
veio tirar satisfação.
Fui bem claro com ele,
mulher de amigo meu:
"Não como desse pão."
Fui embora pra resolver
logo essa existência
e não deixar meu amigo sofrer.
Encontrei a menina
debaixo do cajueiro,
fui rápido, trigueiro,
cheguei pertinho e
dei um beijo.
Useis suas ancas e gozei no seu queixo.
Quando acabei fui bem claro,
me encontrar dali em diante
seria raro.
Ia sumir,
porque quem seria
dela
era Cipó.
Calei sua boca
e disse sem dor:
- Ele é quem te ama.
Só vim logo
porque o desejo
me chama.
Hoje ela é casada
com Cipó,
bem sucedida e
uma dama.
Cipó me recebeu
em sua casa,
me fez almoço,
mita pampa.
À noite
comi sua mulher
de novo
e gozei no seu olhos
aqueles de cigana.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

CAROL

 Você vai me dizer que eu não sei cantar. Talvez tudo tenha  que um dia se mostrar. Tua vida se encontrou com a minha, em plena  multidão, v...