quinta-feira, 30 de março de 2017

*A NOSSA LIBIDO
Demente
meus dedos escorrem
por entre seus
lábios.
Um gemido silencioso,
expressivo.
Sua mão toca meu corpo
num movimento repetitivo
que me acende.
Beijos molhados
enchem minha boca
de um fluído
que só você produz.
Um veneno
capaz de me transformar num animal.
(qualquer animal que quiser)
Que sobe em você
e lhe faz soltar
gemidos que talvez
não quisesse que os
outros quartos ouvissem.
Por um momento,
"estar dentro de você"
não é só figurativo,
e você percebe
e você diz:
- Fode... Fode... !
Começamos uma sessão
de onomatopeias:
PLOC! PLOB! TAP! TAP!
TUM! TUM! NHEC! NHEC!
E você grita meu nome
bem alto.
É a anunciação do poeta.
Você abocanha meu pau
e engole o sumo,
a poesia.

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