quinta-feira, 30 de março de 2017

*
Erraram a porta
da minha casa e
deram o prêmio
ao meu vizinho.
A grama dele era mais verde.
Acertaram meu peito
às quatro da manhã.
Um tiro de palavras
sem carinho, vagas.
O sangue vermelho espalha
por sobre o chão.
O noticiário não cobriu,
as rodas de fofocas não comentaram.
Alguém bate na porta:
- Rafael!
Digo que não estou.

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