quinta-feira, 30 de março de 2017

*
A pedra, o pulso,
os socos.
A casa do João,
a casa dá Gracie,
a casa Morgana.
Os banheiros que tomei banho,
as camas onde dormi,
não eram nada
quando diziam
que minha cabeça era grande,
minha orelha era grande,
minha boca era grande,
eles estavam dizendo
que eu era grande.

Diante de todos que
vieram antes de mim
de você e de mais
ninguém.
Quem era eu?
Eu era nada que
você soubesse ou
inventasse ou imaginasse.
Eu era perdido,
um louco,
eu era poeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  TEMPO Cheguei ao fundo do poço. E daqui posso ver seus olhos. Eles são tomados por uma extrema alegria. Cada degrau até aqui foi construíd...