quinta-feira, 30 de março de 2017

Caminho pelas ruas
que sempre levam
para o mesmo lugar
da pequena Goiânia.
Espero-a atônito e percebo 
que estou de braços postos
às costas e a cabeça baixa.
Levanto a cabeça e ao longe
você vêm,
como quem vêm até mim
e cruzo os braços
para parecer descolado.
O sol é quente no Cerrado.
Só não mais quente que
o teu abraço,
o laço dos
teu braços.
Você sorri
percebe meu erro
sabe que te conheço
o caminhar,
o toque da mãos
a dor no peito
a solidão.
Vinda
via
Anhanguera
Eixão
os ônibus
e como veias
que pulsavam
o sangue
para as suas mãos
quando elas
tocam meu coração.
E se espanta,
quando num salto
ele lhe toca
O silêncio
da aproximação,
o constrangimento
da invasão.
O toque.

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