segunda-feira, 6 de agosto de 2018

DEPOIS DESTE VIRÃO MAIS POEMAS DEPRESSIVOS, LAMENTO!

Ópios e delírios
pela manhã e
no final do dia.
Me desligar deste mundo.
Não ouvir sua voz.
Ser todo silêncio.
O momento exato
que a droga faz efeito.
Quero torpo
a perda da consciência.
Ser um daqueles que
não voltaram.
Ou uma overdose mortal.

Eu quero um rifle
para abrir um buraco
na minha cabeça
do tamanho do meu vazio
existencial.

Tenho dúvidas
se a vida será justa
comigo.
Quero me ver livre
dessa máquina incessante
de pensamentos e
pairar no nada.

Eu fico esperando
um dia que
nunca acontecerá.

E me sinto
um inútil
todos os dias da minha vida.

Aqui agora
neste quarto sofro
com a vergonha
e sei que não consigo
fugir da minha
própria consciência.
Quero voltar
e existir apenas
no instante:
em que jogo vôlei numa praça.
mergulho a cabeça no Xingu.
escuto que me amam.

Penso em recolhimento
e evitar relações.
Controlar o apego.
Perder a intensidade.
Se tornar fútil.

Me perder.

Existe uma regra
no jogo do relacionamentos
que cita meu nome
e diz:
"evite brincar com ele;
consulte pessoas anteriores;"
E eles dirão:
- Você sabe,
todo mundo tem
problemas com o Rafael.

E me sinto um perigo.
E me mantenho longe
do jogo.

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