quinta-feira, 6 de novembro de 2025

 CRÔNICA DAS CIDADES

A cidade, na verdade era cinza. As goianas se produziam para a cidade cinza. O centro pulsava de pessoas e sempre que possível um sorriso era notado nos rostos de todos que passavam por mim.
Depois de um agosto amarelo, onde o desgosto era visto na cara de cada goiano. Vimos a cor desbotar aos poucos.E fumar nos beco nos dava um ar melancólico, mas sonhador.
Viva a cidade cinza!
Veja, é a chuva de novo. Não vejo ninguém de guarda-chuva. Realmente todos nós precisávamos dela. Cada pingo nos toca a pele como alívio. A bucólica Goiânia se tornou a cidade dos meus sonhos.
Aquele friozinho goiano.Uma empada no mercado do centro.
A umidade de volta em minhas narinas. Goiânia é como meus amores, temos um carinho enorme um pelo outro, mas jamais ficaremos juntos. E de novo nossas relações começavam a ficar restritas.
É só o Sol aparecer que nos desapegávamos um do outro e eu começava a flertar com Altamira.
Eu chegava a nem sair de casa. Mas aí um dia eu estou de boa e resolvo dar uma volta.
Acho que ela já sabia. Foi me esquentando com seu frio. De repente sinto as gotas que caem. Goiânia dizia:
- Estou aqui, sinta-me.
Sento na calçada e vejo as pessoas atravessando o cruzamento, os carros com sua calmaria param também para aproveitar o frio. Precisei de uma crônica para falar do nossos encontros sazonais, eu gosto quando você se arruma pra mim.
Altamira que espere só mais um pouquinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  TEMPO Cheguei ao fundo do poço. E daqui posso ver seus olhos. Eles são tomados por uma extrema alegria. Cada degrau até aqui foi construíd...