quinta-feira, 6 de novembro de 2025

 ERROR 404

Não é que eu tenha virado um vagabundo. Eu estou doente. E não foi do dia para noite. Quando pequeno já me sentia só. Ausente de respostas e provas concretas. Procurei todo esse tempo ser honesto e disposto aos outros para mostrar a importância do outro. O amor. Queria companhia,vida compartilhada. Ser amado. Nunca tive fé, o que eu sempre tive foi falta. Do toque, do olhar, da ligação inesperada. Cada olhar que se aproximava eu via o interesse. O que eu tinha a dar à elas ? Mas a falta ainda pulsava. Eu não descobria. Estou doente. E não sei de quê. Qual a eventual função de tudo isso? Qual minha função? Desculpe à todos, mas algo morreu dentro de mim. A alegria e a disposição já são forçadas. Manobras medíocres de tentar ser aceito. Ser amado. A clausura torna-se uma manobra as vezes aceitável. O quarto escuro, a posição fetal, fotografia 3x4. Clarisse. Todos os planos falham e nos sobram essa escolhas infantis e loucas para alguns. Estou doente. O tratamento as vezes é inútil quando os exercícios são sozinhos. Você descobriu que as felicidades são diferentes. E que a sua não é desse mundo. É triste, mas é verdade. É babaca, mas eu me sinto assim. A falta. O erro cometido. A ausência do que nunca esteve aqui. O caracteres estão acabando, como as forças e as antigas paixões da literatura. A inspiração e a vontade de escrever já não vem quando eu espero. No final quero escrever uma mensagem legal de amor para despedida, para você lembrar de mim e decidir escolher uma vida feliz. Mas o computador para. Bato no teclado varias vezes para aproveitar os caracteres restantes. Tudo trava. Não me espanta que o fim seja assim. Como foi toda a minha vida. A falta.

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